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3.12.11

OUVIR AS SAUDADES


È tão bom ouvir “ tenho saudades tuas”, mesmo que dito de uma maneira atabalhoada, meio em tom de brincadeira, meio a sério. È bom ouvir, mas sentir?! Sentir saudades é do cão!!! No texto anterior, mencionei o facto de que, se os dias tivessem as tais dez horas já tinham passado dois anos. A meio de uma conversa hoje, falámos que dormir era o melhor a fazer para o tempo passar, passar, passar e nem darmos por ele. Mas para o tempo passar e parar quando?! Até quando vou ter de dormir para o tempo passar?! Se andasse dois anos com o tempo, provavelmente já nem contas fazia. Nem eu nem tu.

1.12.11

Hoje dei comigo a pensar em como o sexo oposto é desprovido de inteligência


Tenho vivido de perto o drama de uma alminha que não sabe o que quer, e acaba de meter os pés pelas mãos. Dizem ser normal o homem pensar com a cabeça de baixo, mas até isso tenho as minhas dúvidas. Homem não pensa,segue para onde a pendureza aponta. Esse órgão autónomo devia ser ensinado, e não me venham com as balelas que ensinado está ele. MENTIRA!!!! Para se ensinar alguma coisa há que ter inteligência e continuo com a ideia que Homem está desprovido da sua. Essa pendureza que tem vontade própria mais não é que uma prisão. Passo a explicar. Nas situações mais vastas, lá se passa um amoc qualquer que desliga os impulsos da massa encefálica e a pendureza fálica começa a fazer das suas.

É verdade que não podemos viver sem eles, mas se alguém souber onde se pode recçamar deste pequeno defeito de fabrico agradecia…. Tenho umas quantas amigas a precisar de reclamar com o fabricante!!!

27.11.11

Regresso


Estou entorpecida, dormente, tudo fervilha e me inquieta. Passados 15 dias volto para uma terra que não é a minha.
Por tudo o que se passa "lá longe" vi-me na 'obrigação' de procurar melhor. Tentar encontrar a sorte, já que ela teima em não me encontrar. Via as grandes concentrações de emigrantes no nosso país, em pleno Agosto. O meu mês de Agosto foi agora, fora de horas, sem sol, sem praia. Chegar e sentir os cheiros característicos de casa e meio que aparvalhadas, eu e a minha companheira de viagem, ríamos de satisfação.
Faz hoje 3 semanas que me senti assim....Finalmente em casa.
E quem está longe de sua casa, sabe certamente o que é sentir e viver o momento da chegada.
Ver a tua cara de surpresa por me veres mais cedo que o previsto!!!Esconder não foi fácil, preferia ter-te à minha espera. Nunca aquele caminho até ao "ninho" me custou tanto palmilhar. Parecia que nunca mais chegava ao destino. Se parecia calma...então consegui enganar bem!
Quando os dias começaram a passar e o dia de regresso cada vez mais próximo, o nó no estomâgo ataca, o sono perde-se e a força e a vontade de me manter acordada para poder aproveitar cada minuto, cada segundo contigo aumenta.
Manter a minha sanidade mental enquanto o avião se colocava em pista. Tentar controlar as emoções que teimosamente apareciam, enquanto pela janela via o meu país e tu mais distantes!
Voltar a riscar dias no calendário até ao próximo encontro, voltar a contar os dias e as horas... até me mói...contar e riscar sem saber até que dia. Venho com a certeza que cada dia que agora passa é menos um dia longe, é menos um dia até poder estar contigo e vou ficar mais uma vez aparvalhada porque vou, finalmente, sentir o cheiro a casa!!

5.9.11

E por alguns dias senti-me completa...


Se havia alturas em que não me apetecia levantar da cama, para encarar mais um dia, bastava contar os dias que faltavam para, finalmente, sentir-me completa.

Tentar todos os dias, fazer com que seja menos um dia longe, está longe de ser fácil. Se alguém, algum dia, tiver o azar de me dizer que é fácil, não respondo pelos meus actos.

Se dúvidas houvesse, e eu não tinha nenhumas atenção, que sinto a tua falta, que me sinto vazia, que estou esgotada com tudo isto, tudo se dissipou.

Foram duas semanas cheias de tudo o que é bom e mais alguma coisa.... Sentir-me em casa, aqui, nunca o vou sentir. Enquanto tu estiveres aí e eu aqui, esta nunca será a minha casa!!!

Amo o tu!!!!

24.7.11

Trinta Dias


Trinta dias depois ainda não consegui fazer desta a minha casa, ainda não consegui fazer deste novo mundo o meu mundo. Talvez por nada ddo que está aqui me faça sentir realmente em casa.

O tempo passa, passa tal como passava quando estava no meu canto, mas aqui ele passa e nada me espera, a não ser outro dia igual ao de hoje, ontem e igual a estes últimos 30 dias.

Quero que passe o tempo, mas que passe depressa, depressa sem que se dê por ele. Que adormeça e quando acorde já passou bem mais que trinta dias. Que tenha passado tanto que ao acordar veja uma sala familiar, que consiga acordar com o apito dos comboios, com o som das entradas na Gare. Era sinal que tava em casa, no meu mundo. Que à distância de um bip estejam todos aqueles que agora não estão.

Trinta dias passam a correr, para muitos. Para mim mais não é que um arrastar de horas, minutos, segundos. É só uma pequena amostra do que ainda vai estar por vir.

Muitos trinta dias ainda me vão passar até poder finalmente mandar tudo para trás das costas.

Fazes-me falta!!!

3.7.11

Uma semana depois...



E passado uma semana.... Holanda!

Segundo um site fidedigno, a distância que me separa de tudo o que eu mais amo são, 'apenas' 2025km.

As saudades acabam comigo. Tenho saudades de tudo e de todos. Da minha mana, de falar com ela a toda a hora. Mas tuas... bem, tuas, não há nada que as consiga medir. Fazes-me falta, muita falta.

Esta aventura seria bem mais complicada se fosse uma aventura solitária. Tenho uma companheira de viagem, de aventura, de quarto, que faz atenuar todas as dificuldades.

O trabalho faz-se bem, o país é lindo, mas não é o meu. Por mais bera que o meu seja, é sempre o meu.

O menos mau desta aventura, foi ficar com a certeza que não é em vão e acima de tudo, que o esforço vai compensar tudo e é contigo que eu quero para o resto da minha vida.

As novas tecnologias ajudaram a surpreender-me. Foi atravès delas que fizeram um 'ganda' pedido. Nada que vá mudar já a vida que fazíamos, a não ser um papel assinado e um adereço na mão. MAS QUERO MUITO!
Frutos?! Já podiam vir a caminho, mas ainda não
foi desta!!!

8.6.11

Viagens




Sentei-me mesmo à janela, saco do Mp4 e começo a olhar a paisagem. A olhar com olhos de ver e, ao mesmo tempo, olhar de despedida. Olho os campos semeados, os campos verdes. Ao longe, reparo em cavalos. Cavalos que galopam, em liberdade.

O céu está nublado, o sol espreita tímido por entre as nuvens. Hoje estou assim. Como o tempo. Como se o tempo fosse solidário com o que sinto. Nublada, cinzenta como o céu. E tímida. Com uma timidez receosa.

Aproveitar o tempo que me resta. Apreciar cada paisagem, cada gesto, cada palavra. Aproveitar e reter. Reter cada gesto, cada palavra, cada abraço. Reter para lembrar com saudade. Como que por magia, o tempo avança. Avança um ano, e leio estas palavras e nada mudou. A não ser a idade, o que me rodeia.

O resto.... bem o resto está igual. O céu nublado, o sol a espreitar timido e a saudade aqui.

Sei que daqui a uns dias, ao acordar, vou estar rodeada de paredes estranhas, o cheiro não vai ser o mesmo...Vou respirar fundo, como que em desespero e, na esperança do olfacto me estar a enganar, ou esconder o que me é familiar. Mas depois, chego à triste conclusão que não vai haver enganos. Vou estar onde não estou agora. Vou estranhar tudo o que é novo, todos os cheiros, todas as cores. todos os movimentos, vou ser uma estranha em mim.

Haverá alguma coisa mais corrosiva do que ser estranha para mim mesma?! Quanto tempo darei a mim mesma a habituar ao novo mundo?!

Não haverá tristeza, direi eu com alguma, bastante, dúvida. Acho que tristeza não será, de todo, a melhor definição. Será ansiedade misturada com o desespero da saudade e o medo do incerto.

Pela primeira vez irei sentir-me uma presa a tentar escapar ao seu predador.

Vou estar por minha conta.Sem sorrisos cúmplices. Sem abraços apertados. Sem o aconchego do colo. Vou olhar para o meu lado e vejo que vou estar comigo. Só comigo!!!

Daqui a uns dias vai ser assim...

24.5.11

DIAS PERFEITOS



Haverá dias perfeitos?!

Não reconhecemos o melhor dia das nossas vidas, a não ser, quando o estamos a viver!!

O dia em que nos comprometemos com algo ou com alguém;
O dia em que nos afastam;
O dia em que nos partem o coração;
O dia em que conhecemos a nossa alma gémea;
O dia em que fazes alguma coisa por ti ou pelos outros;
O dia em que percebemos que não há tempo suficiente porque queremos viver para sempre.

São esses os grandes dias.

Os DIAS PERFEITOS. Quando queremos viver para SEMPRE!

25.3.11

Ontem, hoje e amanhã...



Tanto tempo depois...Tanta coisa aconteceu... E tanta vai acontecer...

Foram meses de mais do mesmo, alegrias, tristezas, euforias e agora... apreensão.




Apesar de não ter partilhado nada neste meu can
tinho, não me esqueço de vocês, duas estrelinhas que estão lá em cima e que eu tive a sorte de conhecer e partilhar passagens deste livro 'VIDA'.

Tenho um defeito! Pronto tenho alguns, mas tenho um que, por mais que tente não consigo evitá-lo. Nem sempre o ter teclas do piano a verem-se é sinal que está tudo bem. Mas isso sou eu e metade deste mundo. Mas quando toca a parte de exteriorizar tudo o que me consome de mau, toca a encher, encher, encher... e isolamento com ela. Quando se dá a explosão o epicentro é na escala máxima e pode haver estilhaços a muitos metros de distância:(


Não me sai da cabeça todas as equações do problema.
Todos os medos que são mais que muitos.
Tudo o que vou perder e tudo o que vou ganhar.
Se tudo o que vou ganhar vai ser suficiente para colmatar tudo o que vou perder.
Se o tempo vai ser perdido ou se me vou perder no tempo.
Se sobrevivo com as saudades ou elas me consomem.
Se o meu esforço solitário vai ser tido em
conta.
Digo 'Tá tudo bem' mas sinto o contrário.
Digo sim quando por dentro grito NÃO.
Ainda não fui e já quero voltar. Para esse
colinho. Para esse beijo repenicado. Para esses braços esticados que pedem um abraço.

Como alguém partilhou um dia destes...

‎"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."